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Obtida a partir da força do vento, a energia eólica é uma fonte de energia renovável, com baixo impacto ambiental e baixos teores de emissões de gases de efeito estufa. Com o início da temporada de ventos, o Brasil registrou, em julho, o primeiro recorde de geração eólica instantânea deste ano.

O recorde foi registrado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), no dia 8 de julho, quando a fonte foi responsável por produzir 14.167MW de energia, o que é suficiente para atender toda a região Nordeste, durante um minuto, e ainda restar um excedente de mais de 23,2% do total da energia produzida.

A partir da força do vento, um aerogerador transforma a energia cinética das correntes de ar em energia elétrica. Trata-se de uma energia renovável por ter a capacidade de ser reposta naturalmente em nosso meio ambiente.

A geração de energia a partir dos ventos tem uma característica sazonal ao longo dos meses do ano. Agora, no período seco, os ventos da região Nordeste propiciam uma maior geração eólica em relação aos meses do período úmido. Como a capacidade instalada de geração eólica vem crescendo ano após ano a cada “temporada dos ventos”, os recordes de geração eólica instantânea têm sido alcançados.

“A energia eólica, a concentração dela é nos estados do Nordeste. Porque ali é onde você tem um belo potencial por causa do vento. Não só no Nordeste, em parte do Sul também. Mas vem muito mais por aí, vem aí o hidrogênio de baixo carbono, as eólicas offshore, ou seja, tem toda uma nova gama tecnológica chegando e a ideia é que o investimento privado, alavancando essas oportunidades, gerarão mais emprego, renda e energia barata”, disse o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.

O ministro destacou ainda que o Brasil tem investido no aprimoramento dos seus marcos legais, respeito a contratos e segurança jurídica para atrair o investimento privado em áreas como a geração de energia eólica.

Nordeste em destaque

Para produzir energia eólica, são necessários ventos estáveis, com a intensidade certa e sem mudanças bruscas de velocidade ou de direção. O Brasil tem grande quantidade desse tipo de vento.

Os maiores potenciais de ventos estão localizados na parte setentrional do Nordeste, representando ventos com grande velocidade, unidirecionais e estáveis, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. O fator de capacidade médio verificado para as usinas eólicas do Nordeste no período de maio/2021 a abril/2022, foi de 39,8%, enquanto, no mesmo período, para as usinas eólicas da região Sul do país, foi de 33,8%.

O Brasil tem, atualmente, capacidade de produzir 22.000 MW de energia eólica e somente a região Nordeste é responsável por 20.000 MW, ou seja, mais de 90% da produção nacional. São 828 parques eólicos em operação no país, sendo 725 parques no Nordeste.

Os estados brasileiros que mais geraram energia eólica nos últimos 12 meses foram a Bahia, o Rio Grande do Norte, o Piauí e o Ceará. Somados esses estados representaram aproximadamente 84% da energia total gerada por essa fonte no período citado.

Para 2022, é esperado o acréscimo de 2.900 MW de energia eólica na matriz energética nacional, consolidando-a como a segunda maior fonte de energia do país.

Fonte: gov.br

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