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Uma análise da Agência Internacional de Energias Renováveis aponta que o transporte de hidrogênio via navios, na forma de amônia, será a forma mais competitiva de fazer o novo energético atravessar longas distâncias.

O hidrogênio verde está entre as grandes apostas para entregar energia limpa para setores difíceis de descarbonizar. Mas ainda há dúvidas sobre como será o transporte e distribuição, dadas sua alta volatilidade e localização dos projetos, já que muitos dos investimentos estão a um oceano de distância dos centros de consumo.

Uma das soluções em foco é o aproveitamento das infraestruturas de gás natural. Outra, é a definição de corredores marítimos de amônia limpa.

O documento da Agência Internacional de Energias Renováveis aponta os dois caminhos como os mais atraentes até 2050: amônia em navios para grandes distâncias, redes de dutos para interiorização e distâncias mais curtas.

“Os navios de amônia são os mais atraentes para uma ampla gama de combinações. O custo de envio é relativamente pequeno em comparação com o custo de conversão de/para amônia e o custo de armazenamento. Assim, distâncias maiores têm impacto limitado no custo total, tornando-o mais atrativo à medida que a distância aumenta”, diz o estudo.

Já o custo dos dutos aumenta linearmente com a distância, o que torna a opção mais barata para distâncias curtas de até 3.000 km.

Nos casos em que é possível reaproveitar a rede de dutos existente para o gás natural (por exemplo, América do Norte, Europa ou leste da China), o custo de investimento pode ser 65-94% menor do que o custo de um novo duto de hidrogênio.

Três alavancas estão disponíveis para reduzir o custo de transporte até 2050:

  1. Inovação para reduzir o consumo de energia para a liquefação do hidrogênio e a conversão em amônia e depois reconversão em hidrogênio;
  2. Economias de escala: o custo poderia cair até 80% ao atingir a maior escala possível para cada parte da cadeia de valor;
  3. Aprender fazendo: a experiência global e o compartilhamento de lições levam a uma redução de custos de projetos iniciais que não tinham referência anterior, para o desenvolvimento de um padrão e a uma abordagem modular para muitos equipamentos.

Fonte: epbr – LEIA a matéria na íntegra.

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