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Energia

A descarbonização das operações deixou de ser uma opção e passou a fazer parte da agenda mundial de Sustentabilidade Ambiental, Social e de Governança (ESG). A urgência em enfrentar as mudanças climáticas levou nações que representam mais de 95% do PIB global a se comprometerem com a neutralidade de carbono. O Science Based Targets Initiative (SBTi), fundado para auxiliar empresas a definirem suas metas de emissão, já conta com mais de 3 mil organizações comprometidas nessa jornada.

À medida que a conscientização ambiental cresce, as expectativas em relação às empresas também evoluem. O propósito ganhou destaque, superando o antigo dogma de que o único objetivo das empresas era maximizar os lucros. Agora, empresas buscam um propósito maior, que inclui a responsabilidade social e ambiental.

O Brasil, como o sétimo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, não está imune a essas mudanças. No entanto, o país também possui oportunidades significativas para liderar a transição para uma economia verde. Um estudo da consultoria McKinsey destaca o potencial das energias renováveis, com estimativas de oportunidades que chegam a 125 bilhões de dólares até 2040, sendo 31 bilhões destinados às energias renováveis, com foco especial no hidrogênio verde.

A competitividade do Brasil nesse setor é notável, uma vez que o custo da energia renovável representa apenas 70% do custo de produção do hidrogênio verde (H2V). Com seus recursos naturais abundantes e uma rede de energia limpa, o Brasil pode se tornar um dos maiores produtores mundiais de H2V. Além disso, a demanda doméstica por H2V pode contribuir significativamente para a oferta global.

No cenário nacional, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco estabeleceu um Comitê de Governança que reúne diversas partes interessadas, incluindo instituições de pesquisa como o Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI). O IATI desempenha um papel crucial nesse comitê devido à sua experiência em tecnologia e inovação. Reconhecido por desenvolver soluções avançadas que catalisam a transição energética e a descarbonização.

O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou o Plano de Trabalho Trienal 2023-2025 do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), que estabelece metas ambiciosas para o aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação em hidrogênio de baixa emissão de carbono. Esse plano inclui a disseminação de plantas piloto em todo o país, com o objetivo de posicionar o Brasil como líder na produção competitiva de hidrogênio até 2030.

Vale ressaltar que o IATI é o único Instituto de pesquisa nacional com seis projetos em Hidrogênio de Baixo Carbono através do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), incluindo a primeira planta de geração de Hidrogênio Verde em escala de megawatts no Brasil, localizada no Porto do Pecém-CE. O IATI é o responsável tecnológico desse projeto, em parceria com a EDP – Energias do Brasil. Esse histórico de atuação solidifica o IATI como uma instituição de referência no país na temática do Hidrogênio.

Em um momento em que a agenda ESG se torna cada vez mais relevante para investidores e stakeholders, o IATI está alinhado com as expectativas do mercado e com a necessidade de adotar práticas sustentáveis. Sua atuação em parceria com a academia, centros de pesquisa e a indústria reflete uma abordagem colaborativa que visa promover mudanças positivas em diferentes setores da sociedade.

Neste sentido, o IATI foi escolhido como a organização âncora para engajamento do setor privado no estado com a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Assim, desde novembro de 2022, o IATI passou a abrigar o Hub ODS Pernambuco, que através de redes locais, potencializa a geração de impactos positivos e o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O Hub ODS é um programa do Pacto Global da ONU no Brasil e sua participação é gratuita. O objetivo do IATI com o Hub ODS é acelerar o envolvimento das empresas com a Agenda 2030 para que protagonizem cada vez mais transformações inclusivas e sustentáveis em seus escopos de atuação, com ações empresariais orquestradas de forma estratégica e colaborativa.

O Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI) desempenha um papel fundamental na busca por soluções inovadoras que promovam a descarbonização do setor elétrico brasileiro e contribuam para o alcance das metas de sustentabilidade ambiental em níveis globais. Seu comprometimento com a pesquisa, desenvolvimento e inovação coloca o Brasil em posição de liderança na transição para uma economia verde e na produção de Hidrogênio de Baixo Carbono.

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